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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sem união, nem luta a sério, imaginem se....

...tivéssemos estado unidos e a lutar A SÉRIO!??!
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Em jeito de arquivo...

"2013...UM ANO DE LUTA E RESULTADOS
  • PRÉ-AVISO DE GREVE PARA O DIA 25 DE ABRIL COM CONCENTRAÇÃO À PORTA DAS LOJAS.

OBJECTIVO: PAGAMENTO DO RESTANTE VENCIMENTO DO MÊS DE MARÇO.
RESULTADO: NO DIA 24 DE ABRIL (ENTRE AS 18H E AS 19H) FORAM PAGOS OS
VALORES AOS TRABALHADORES COM CONTAS NO BANIF E NO DIA 25 DE ABRIL
- FERIADO!!! - FORAM PAGOS OS VALORES AOS RESTANTES TRABALHADORES.

  • PRÉ-AVISO DE GREVE PARA DIA 27 JUNHO (GREVE GERAL) COM CONCENTRAÇÃO JUNTO ÀS INSTALAÇÕES DOS ESCRITÓRIOS NO GREEN PARK.
[VÍDEO NA LOJA DE BRAGA] [

OBJECTIVO: PAGAMENTO DOS SALÁRIOS EM ATRASO DESDE O MÊS DE ABRIL.
RESULTADO: MARCAÇÃO NESSE MESMO DIA DE REUNIÃO DA ADMINISTRAÇÃO
COM TODAS AS CHEFIAS DA QUAL RESULTOU A DECISÃO DE SE DAR INÍCIO AO
PAGAMENTO DE VERBAS SEMANAIS - TRANCHES - CORRESPONDENTES A 20%
POR SEMANA REFERENTE AO ÚLTIMO MÊS EM FALTA, ATÉ À HOMOLOGAÇÃO
DO PER.
- Na referida reunião ficou, também, referido que seria feito um pagamento 'substancial' relativamente ao montante total em dívidas (vencimentos e subsídios) que nunca foi efectuado.

  • PRÉ-AVISO DE GREVE PARA DIA 08 DEZEMBRO,COM CONCENTRAÇÃO À PORTA DAS LOJAS.

OBJECTIVO: PAGAMENTO CORRESPONDENTE A UM MÊS DE VENCIMENTO,
FOSSE COMO TAL, OU AVANÇO DOS MONTANTES EM DÍVIDA.
RESULTADO: NO DIA 19 DE DEZEMBRO FORAM PAGOS OS RESTANTES 30% DO
MÊS DE AGOSTO + 70% DO MÊS DE SETEMBRO.
- No mês de Novembro verificaram-se falhas nos pagamentos - reduções e semanas sem pagamento.
- No dia 17 Dezembro foi publicada a homologação do PER, pelo que estes montantes não teriam de ser necessariamente pagos, revertendo para a forma de pagamento da dívida aos trabalhadores prevista no PER; no entanto, segundo o entendimento dos advogados do Sindicato, o mês de Dezembro já deveria ter sido pago na integra e na devida data.
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No entretanto, ao longo de todo o ano, foram levadas a efeito diversas acções:
· quer pelo Sindicato com comunicados;
· quer através de diversos Deputados da Assembleia da República com o envio de perguntas ao Governo;
· quer por trabalhos jornalísticos com vista à informação sobre a situação dos trabalhadores. Neste contexto pudemos contar com o apoio de jornalistas da SIC e da TVI, não só com pequenas notícias online; como na reportagem sobre o encerramento das duas primeiras lojas; assim como na ampla cobertura feita da intensa jornada de luta que foi o dia 08 de Dezembro de norte a sul;
·quer pelos trabalhadores com protestos nas redes sociais: foi criado um Grupo Fechado no Facebook, para debate e divulgação do decorrer da situação, com especial atenção para os colegas que se viram obrigados a recorrer à suspensão dos contratos de trabalho ficando, assim, arredados das informações mínimas que iam sendo enviadas para os locais de trabalho.

QUEM LUTA NÃO GANHA SEMPRE, MAS QUEM NÃO LUTA...PERDE SEMPRE!
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Em 2014 realizou-se uma Greve - 08 Março - cuja incidência foi relativa, na medida em que o despedimento colectivo incluiu quase toda a estrutura sindical dentro da empresa - apenas uma delegada sindical e uma dirigente não foram incluídas - o que reforçou o que, até aí, tinha sucedido no que toca à adesão dos trabalhadores (com relativa excepção da primeira greve de Junho'13): basicamente a greve foi feita pelos trabalhadores despedidos e trabalhadores que foram ludibriados com promessas de pagamento dum determinado valor (muito abaixo do devido por lei!) ao aceitarem 'rescisões amigáveis' que de amigáveis nada tiveram e resultaram no maior logro dentro da empresa.

Fora essa greve, marcada muito a contra-gosto pelo CESP e, talvez por esse motivo, resultou num descalabro de desorganização inicial que só pela muita força dum grupo que não desarma - de norte a sul! - de que se deve realçar as lojas do Porto, Braga, Viseu, Fundão e Olhão; na zona da grande Lisboa, sem salientar lojas já que, se destaque houve, foi pela negativa: a quase totalidade pontuou-se por uma cobardia generalizada, onde apenas se pôde contar com um punhado de resistentes, dispersos entre lojas e armazém central, que não desarmaram...nem desarmam!
CORROIOS, 08.03.2014

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terça-feira, 29 de julho de 2014

ONDE ESTAMOS E COMO?

Passado um ano, do que se considerou o fim deste Blog, a ele retomo para dar conta, agora, do fim...da MOVIFLOR.

Há um ano estávamos no início do fim, hoje estamos chegados ao fim. Há um ano estava-se com dois meses de salários em atraso, hoje está-se com seis. Há um ano optou-se por uma luta aberta, e não encapotada neste Blog, mas o número de trabalhadores com coragem para a luta não aumentou na proporção directa do aumento da exploração. Até parecia que quanto maior a exploração, menor a disposição para a luta.

Há um ano depositavam-se quase todas as esperanças no PER que, tal como alguns avisos faziam adivinhar, foi um fiasco...sete meses após a homologação (16 Dezembro 2013) a empresa ainda diz: <<(...)A administração da empresa garantiu que o plano está prestes a “arrancar”, sendo depois possível “resolver o problema dos trabalhadores”. (...)>>>...sete meses depois, está-se prestes a arrancar...o quê??? Ainda mais um pouco da nossa capacidade de acreditar?!? Duvido, nem isto conseguem arrancar, quanto mais com o PER.

Durante todo este tempo aumentou a dívida aos trabalhadores; diminuiu o número de efectivos com o despedimento colectivo de quase duzentos trabalhadores, onde se incluíram todos os tipos de faltas justificadas, incluindo grávidas, com o objectivo primeiro de atingir os que foram considerados traidores, pela 'dona disto tudo em ponto pequeno', ao recorrerem à suspensão! Perderam-se casas e outros bens; destruíram-se famílias e vidas; levou-se ao suicídio (directa ou indirectamente) algumas pessoas.

Durante todo este tempo um punhado de 'meia dúzia de teimosos' insistiu em pressionar a administração, apresentando-se no Green Park por diversas vezes; levou o problema aos Deputados que aceitaram responder aos pedidos de audiência, inclusive uma Comissão Parlamentar: a todos eles foram expostas as condições miseráveis em que os trabalhadores e ex-trabalhadores se encontravam; as continuadas falhas no cumprimento da lei; o contínuo desrespeito pela dignidade humana. 

Pelo caminho ficaram duas greves - 08 Dezembro 2013 e 08 Março 2014 - basicamente feita por ex-trabalhadores no despedimento colectivo, raríssimos os apoiantes no activo: alguns 'forçados' sabe-se lá se por vergonha, se por alguma pressão mais activa de quem estava do lado da luta. Assim foi feita a luta na MOVIFLOR...quase sem se dar por ela, tal a cobardia e falta de dignidade duma maioria de egocêntricos, cuja visão do mundo se resume à sua 'pequenininha vidinha'.

E como resposta a tudo isto obtém-se, agora, notícias de vendas à pressa do recheio das lojas; o levantar de equipamentos de armazéns; a inexistência de verbas para devolver aos clientes com material ainda em falta e tudo o mais que por aí venha, a juntar às dezenas de trabalhadores que recorreram recentemente, e continuam a recorrer, à suspensão do contrato de trabalho por falta de pagamento de salários que irá obrigar ao fecho de muitas lojas por falta de pessoal.

A partir da homologação do PER os pagamentos continuaram a ser feitos em tranches (excepção do mês de Março), tendo ficado por pagar o mês de Janeiro, os restantes 25% de Maio, já em finais de Junho, a que se juntam os meses de Junho e Julho.

E no meio disto tudo onde fica o CESP? Pois, não se sabe. Perdido entre a luta dos poucos que nunca desistiram, mas cuja pressão deixou de se verificar a partir do despedimento colectivo, já que todos os mais activos lá estavam e a suposta defesa dos 'quinhentos' que ficavam, bem como do medo de ser apelidado de causador da insolvência. Fraco sindicalismo este que assim abandona trabalhadores à sua sorte!


Ora, a 'discutir formas de luta' já andavam, pelo menos, desde o dia 07 Janeiro 2014 e nunca se viu nada, com excepção da greve do dia 08 Março que mais parecia ser de vários sindicatos e onde, mais uma vez, pontificaram os 'despedidos', basicamente. Com a descoordenação e falta de apoio, foi o que se viu: alguns 'bonecos' na comunicação social (protagonismos precisam-se) e de resto...nada! 

Depois...os trabalhadores 'poderão avançar com pedidos de insolvência'...como? Com o apoio do CESP que sempre negou, disfarçado de muitas desculpas, qualquer avanço fosse a que título fosse, para tribunal?!? Os trabalhadores que avançaram com pedidos de insolvência tiveram de o fazer recorrendo a advogados particulares, mesmo os que eram sócios do CESP e que, entretanto, se foram desvinculando, claro.

E assim chegamos ao "onde estamos e como?" Pois, estamos fodidos e nem sequer pagos! Milhares de euros de dívida que os trabalhadores nunca irão ver! Um Sindicato que não o soube ser, não facultando as informações correctas e atempadas, por forma a levar os trabalhadores a tomarem consciência da real situação e mobilizando-os para a luta ! Umas centenas de 'invertebrados' que recusaram reduzir o tempo de miséria, tomando algumas medidas que teriam forçado a acabar com o inferno mais cedo, possibilitando o recurso ao Fundo Garantia Salarial! 

Este é o fim mais inglório que se poderia adivinhar, há um ano...sem luta, nem mérito! Abandonados e ignorantes! DESUNIDOS NO FIM COMO SEMPRE ESTIVEMOS DESDE O INÍCIO!!!